voar










Região de Informação de Voo de Lisboa (RIV):
O tráfego aéreo teve um acentuado crescimento na última década. No ano de 2002, o total de movimentos IFR (Instrument Flight Rules) controlados foi de 330.420.

Em Portugal qualquer coisa que voe é controlado pelas Regiões de Informação de Voo sob responsabilidade portuguesa (RIV de Lisboa e RIV de Santa Maria). As suas «armas» são os Centros de Controlo (Lisboa e Santa Maria) e as Torres de Controlo dos Aeroportos (Lisboa, Porto, Faro, Funchal, Porto Santo, Santa Maria, Ponta Delgada, Horta e Flores), servindo-se de radares, estações de comunicações e rádio-ajudas.
À RIV cabe prestar serviços de controlo de rota na totalidade da região, bem como de controlo de aproximação aos aeroportos.





Quando um qualquer avião com destino Lisboa entra no nosso Espaço Aéreo Nacional passará do Controlo Regional de Lisboa que o monitoriza em «altitude de cruzeiro» (entre os 9km e os 11km), para o Controlo de Aproximação de Lisboa, momento em que inicia os procedimentos de «aproximação à pista» via radar.

Seguirá sempre por um corredor aéreo (veja-se a planta de Lisboa onde está assinalado num tom azulado). O uso destes «corredores» faz-se não só aqui, como ao longo de todo o voo, e suscita muitas vezes grande congestionamento de tráfego aéreo em alguns pontos. São momentos complicados para os controladores porque têm de manter o tráfego separado com distâncias mínimas (as separações verticais serão aqui de 1000 pés -300 metros- as laterais de 5 a 10 milhas náuticas).

Por fim o avião é transferido para o Controlo do Aeroporto de Lisboa que o encaminhará até ao parqueamento final, via torre de controlo.








O tráfego comercial opta por «altitudes económicas»: o ar em altitude é mais rarefeito, oferecendo menor resistência ao avanço, logo gasta-se menos combustível. Actualmente as altitudes mais procuradas situam-se entres 30 e 35 mil pés; e porque as separações verticais entre aeronaves são de 1000 pés, o Controlo Regional tem, muitas vezes, grande dificuldade em satisfazer as pretensões iniciais dos pilotos quanto aos níveis de voo pretendidos.


A geografia do Aereoporto de Lisboa responde a duas grandes necessidades:

(1) Situa-se na cota de 100 metros (altitude) no único espaço sem declives junto à cidade (se bem que rodeado por habitações, quando inaugurado localizava-se na periferia). Em toda a sua área os declives são mínimos, e, obviamente, a sua extensa pista não tem nenhuma inclinação.

(2) Está «desenhado» em forma de um «quatro» devido aos ventos dominantes na cidade: a pista principal tem o sentido Sul-Norte (S-N) pois as aeronaves precisam de aterrar contra o vento que na maior parte do tempo sopra de norte. Para os dias em que se registe variação de sentido dos ventos há uma outra pista: sentido Sudeste-Noroeste (SE-NO) pois verifica-se ser a direcção mais comum logo a seguir à predominante.